Como cantava a nossa Amália: "Coimbra é uma lição de sonho e tradição" e este verso traduizido para malveirense quer dizer que apesar de alguns sonhos de vitória, a tradição diz que só ganha quem sabe andar e que para os outros o que sobra é uma bela lição.
Pois a reduzida representação da nossa frota (2 modestos velejadores) chumbou à grande neste exame. Á pois é! Estuda aqui, estuda ali, uma ou outra brilhante prova oral, mas a verdade é que faltou tudo às aulas práticas e aqui é que a porca torce o rabo.
Levámos melhor material, sabemos mais sobre afinações, fizemos um curso intensivo de joalharia na montagem do abecedário completo dos rigs, mas a nossa experiência de micro-regatas continua a mesma. Os resultados estão à vista.
Tivemos oportunidade de assistir em directo e ao vivo aquilo que verdadeiramente se chama saber andar: O João passou o dia todo a dizer que a coisa lhe estava a correr mal mas a verdade é que lá foi ele de taça para casa, mais uma vez. O Carlos tem um poder de concentração acima da média, que lhe permite gritar com a frota e ao mesmo tempo papar uns quantos pelo caminho. E mesmo quando fica preso à boia na largada ainda consegue chegar em segundo. Outros casos de destaque também poderiam ser referidos como o do velejador que venceu esta prova afirmando que a vitória não devia ir sempre para os mesmos. Assim é que é José! É dito e feito!
Lições à parte, vamos lá ver então o que é que temos que treinar:
Em primeiro lugar vem a visão.
Quem ouve o nome desta classe, MICRO-MAGIG, não pensa concerteza em magia, mas deve ficar a pensar em coisas pequenas. Pois este não era o caso deste campo de regata. "Protesto ao número..., não se vê, esqueçam lá o protesto". Claro que esta falta de visão telescópica proporcionou a alguns velejadores, que se esqueceram do fair-play em casa, a oportunidade de atacar o resto da frota com tácticas menos próprias.
Em segundo lugar vem a voz.
Sai daí pá, protesto a esse aí da frente, amuras ao que vem aí e cuidado aí ao fundo são expressões vazias de contexto para uma frota de 15 barcos apinhados numa boia, mas se gritarmos alto o suficiente conseguimos produzir uma bela banda sonora para a prova.
Em terceiro lugar a nossa destreza com o rádi-comando.
Acredito que tal como nós, existiram outros que áquela distância também conseguiram ir alguns minutos a comandar outro barco a pensar que era o seu. Esta situação tem alguma piada porque se vamos ao leme de outro barco, ficamos a pensar o que é que o nosso andou a fazer sozinho naquele intervalo (desculpem lá qualquer risco na pintura mas não fui eu, foi o meu barco.)
Em último lugar, temos que ir mais vezes.
A verdade é que a experiência destas andanças que alguns navegadores demonstraram, provou que quem vai à frente, quase não é afectado por estas trocas de amabilidades do pelotão e quem já passou por muitas, sabe como se desenvencilhar no bordo certo.
A excluir dos treinos está a rondagem das boias que já percebemos que é facultativo.
Compreende-se que alguns velejadores perfiram evitar a confusão mas a rondagem da boia é uma perca de tempo e de posições que faz parte deste tipo de competição.
O Rio, a Cidade, a Organização e o Clube Naval de Coimbra, estão cotados na escala Malveirona com distinção.
A Cidade como cenário:

Uma organização do mais alto gabarito:

Velejadores exemplares dos pés-à-cabeça:

Outros menos:

O boeing todo "pimpão" nas andanças dos prós:

O SilverBullet a fazer pose para a foto:

O João Prates ficou a andar muito melhor depois desta conversa:

O SilverBullet taco-a-taco com a elite:

Action Shots da prova:






O Júri a tentar perceber os gatafunhos das tabelas de regata (acho que ficou mais ou menos bem!)

O João desconfia de nós, não sei porquê?

A tabela:

Para a próxima vão os Malveirões em peso.
Têm que criar uma frota C.
Mais um report lindo do nosso caro 747 Top Reporter!
ResponderEliminarTenho muita pena de não ter podido ir.
Para a próxima lá estarei para aumentar a confusão!
Até lá, temos muito que treinar!!!